domingo, 22 de fevereiro de 2009

Lá em cima



Foto tirada no topo da casa duns colegas contacto. Pessoal que optou por viver em downtown San Francisco com americanos. Mas não são americanos quaisquer... estudantes de fotografia, de cinema, skater boys com um gosto especial pelas ervas medicinais. =)

Nada de medos com alturas, nem passos em falso.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

O Carro!

Uma coisa que se aprende ao viver na Califórnia é que não é possível aqui viver sem carro. Grandes distâncias entre tudo e transportes menos do que eficientes. Por isso mesmo nos primeiros dias tivemos que alugar carro. Um Suzuki e um Crysler que fizeram o seu papel nas deslocações entre San Francisco e San Jose e na procura de casa e de carro próprio.




Só estilo =)


Encontrámos a nossa máquina no Craigslist, um site que foi criado por um rapaz que queria combinar eventos pela net e que se transformou num num site de compras, vendas, doações, socialização e estranhezas variadas. Tudo se faz pelo Craigslist.

O destino cruzou no nosso caminho um Toyota Camry de 88 que já teve claramente melhores dias… O test drive correu bem melhor que as viagens seguintes. A direcção assistida foi à vida ao fim do segundo dia e ao virar as semelhanças entre um cacelheiro e o pobre coitado eram óbvias. O homem tinha atestado o óleo da direcção e no dia seguinte esvaziou-se. São daquelas coisas que acontecem quando se compra um carro pela net e não se tem 3 dedos de testa para o levar a um mecânico. Mais uma despesa num carro que até tinha sido barato.

Mas mesmo com a despesa inesperada, acabou por ser um bom negócio... pode não ser particularmente bonito, mas é uma máquina. Fecho centralizado, vidros eléctricos, cruise control e um rádio que funciona ás vezes e quando lhe aptece. O melhor do carro é claramente a pintura personalizada.





quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sempre em comunicação!

Como somos de modas todos aderimos ao GoPhone. (Este é o meu ou é o teu?) Um Nokia que custou 10 dollares mas que dá para telefonar e até tem ecrã a cores. =)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A primeira semana

Depois de uma noite no pior hostel de San Francisco, fomos convidados a morar em na casa duns bacanos do InovContacto. Os “surfistas” de Daly City. Uma cidade à beira de San Francisco e do mar, onde mais de 50% da população é de origem asiática. Uma cidade levantada de raiz e cheia de “Little boxes on the hillside, little boxes all the same”.






Passámos 3 dias a dormir no chão, sofa, colchões insulfláveis, sacos de cama e a ouvir das aventuras deles nas terras do Uncle Sam. Estórias, conselhos e exageros contados na primeira pessoa, mas que foram uma boa introdução para o que vamos encontrar. Dez pessoas a partilhar uma sala pode parecer demais, principalmente quando somos desconhecidos à partida… mas partilhamos também a vontade de conhecer algo novo.







Depois de 3 dias a dormir no chão fomos “despejados”, porque os “surfistas” iam dar estadia a duas alemãs que estavam a fazer couch surfing em San Francisco. Voltámos mais uma vez mais a San Francisco, a um hostel, que fica a 50 metros do primeiro hostel em que estivémos… mas desta vez era o melhor hostel de San Francisco. Engraçado o melhor e o pior estarem tão próximos e termos escolhido o pior. Desta vez houve direito a água quente, comida, “valley parking”, provas de vinho e mais uma carada de pequenos prazeres. E o mais engraçado de tudo… pelo mesmo preço. A primeira grande oportunidade para conhecer esta cidade mágica e estranha ao mesmo tempo.











quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Primavera em Janeiro

Ando na azáfama de procurar casa e carro, de ir para o "trabalho" e de tentar absorver esta cidade... mas existem pequenos prazeres que advêm de viver na Califórnia... como andar de t-shirt em Janeiro. =)





Gostei da foto... parece uma capa de cd duma boys band qualquer. Autoria da Joana.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A Chegada

Estava eu descansado a dormir, quando de forma inconsciente estava a ser informado que no próximo dia pela mesma hora estaria a atravessar o atlântico. Como normalmente procrastino pouco, tinha a mala por fazer e tudo espalhado pela casa. Em poucas horas fiz a mala, despedi-me do conhecido e entrei no comboio a caminho de Lisboa para ficar hospedado em casa dum Contacteante. Se estava á espera duma noite bem dormida… estava enganado. O meu futuro colega de casa fez a festa de despedida dele nesse dia, a noite antes da enorme viagem foi passada numa discoteca.

Depois de duas horas de sono mal dormido, pus-me em direcção ao aeroporto. No meio de despedidas e reencontros com os colegas do Contacto, embarquei no avião a caminho de Newark. Nove horas de viagem, passadas entre o estudo, conversa e os filmes de bordo. Newark uma velha conhecida e do qual não tenho particulares saudades, uma cidade suja e perdida no tempo. Pessoas de semblante fechado e rudes que nos deram amostras dessas minhas recordações . A aliança entre a pouca disponibilidade das pessoas e prazos apertados entre as ligações de voo levaram a que a nossa estadia fosse feita a correr para o terminal… literalmente. A entrada num avião cheio e de segunda qualidade, levou a que fosse obrigado de forma pouco educada a meter a minha mala de mão no porão, tirei o que pensava ser importante e o que me lembrei na altura e lá foi ela. Mais oito horas de viagem em direcção de San Francisco, passadas a tentar estudar e a lembrar-me do que deixei na mala.

A minha chegada ao Aeroporto de San Francisco teve menos magia do que esperava. Foi feito a correr para a recolha de malas para ver o que me guardava o destino. Para meu espanto… a minha mala foi assaltada, nada de que já não tivesse à espera. Fiz a viagem de metro para o centro da cidade com uma lágrima ao canto do olho (no sentido figurativo) . Mas quando cheguei ao centro da cidade, esqueci-me de todo o mal que tinha vindo do dia… a magia estava lá, prédios altos, as luzes, pessoas completamente diferentes e aquele calor humano que só pode vir de cidades grandes e únicas.

Depois de 20 horas de viagem o ponto alto do meu dia só podia ser um banho quente e um sono bem dormido numa cama confortável. Por isso estava ansioso em entrar pela porta do Hostel em que iria ficar hospedado. O culminar dum dia mau demais para ser esquecido veio quando vi a entrada do Hostel que mais parecia uma casa de chuto. Entre as pessoas com aspecto alucinado, os colchões com manchas e os lenções com cabelos… optei por dormir em cima dum colchão insulflável que uma amiga do Contacto me ofereceu. Sem mantas passei a noite entre dormir e a acordar de frio…
Entrei na minha aventura com o pé esquerdo… mas com a noção que me vou rir disto tudo quando a poeira assentar… espero eu.